Este trabalho tem como objetivo analisar, por meio de pesquisas bibliográficas, como os autores Pevsner, Argan e Benevolo abordam o assunto Art Noveau. Será mostrado como cada um trata o tema; como eles estabelecem suas narrativas por meio das suas definições, através de divisões por periodização ou por arquitetos, entre outros enfoques. Art Nouveau é um estilo artístico que se desenvolveu entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa às artes aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. Desse modo, será apresentado como cada um desses autores tem uma maneira própria de analisar bem como apresentar o referido tema.
Nikolaus Pevsner, britânico nascido na Alemanha, em 1902 trabalhou especialmente com arquitetura e design na área da história da arte. Filho de um mercador judeu, nasceu em Leipzig, Saxônia. Ele segue um roteiro pautado no estudo de artistas, arquitetos e artesãos, através de uma ordem cronológica, em que mostra suas obras e suas influencias. Como principais características do Art Nouveau, Pevsner, aponta a recusa de aceitar ligação com o passado e a manipulação de formas assimétricas que tem origem na natureza.
Ele diferencia Henri Van de Velde de René Winer, pois, para o historiador, o primeiro, um pintor belga influenciado por Gauguin insistia que o processo intelectual de transformar a natureza em ornamento para obter formas assimétricas, onduladas e curvas, seria obtido abstratamente; e para o segundo seria obtido naturalmente.
O autor destaca ainda o escultor espanhol Antoni Gaudí colocando-o como o único homem ao colocar o metal em expressão tão violenta quanto à de Gilbert. Quanto á alguns países que aderiram o novo estilo Belga, ele considera a França como o país que levou mais longe o estilo, em que existia dois centros Nancy e Paris. Nancy é a cidade de Gallé e de outros artistas influenciados pela fé que se tinha na natureza como fonte do ornamento. Já a Alemanha aderiu ao Art Nouveau depois de alguns anos de hesitação, os designers principais foram Peter Behrens e Otto Eckmann, que ilustraram livros, capas de livros e encadernações. E na Bélgica, berço do Art Nouveau, ocorre uma exposição considerada chave para o autor; a do clube Les Vingth, onde mostraram Van Gogh e Gauguin. Ele ainda fala sobre o mobiliário comparando-o com o Barroco, em que não se poderia apreciar, sem entender o seu contexto, as peças individualmente. Ele ainda faz uma análise sobre os materiais mais usados no período, que foram principalmente o ferro e o vidro. Por fim, para Pevsner, as inovações desse estilo saltam para o futuro e são a recusa de continuar o historicismo do século XIX e a preocupação com objetos de uso em vez de pinturas e estátuas. E para ele o que põe fim ao Art Nouveau é o individualismo conseqüente do artesanato que acaba sendo comprometido com a industrialização.
Já Giulio Carlo Argan, nascido na Itália em 1909, foi Prefeito de Roma entre 1976 e 1979, tendo sido senador eleito pelo Partido Comunista e catedrático de História da Arte Moderna na Universidade de Roma a partir de 1959; é considerado um dos mais produtivos historiadores da arte de sua geração, que corresponde historicamente aos movimentos modernos da arte, constrói um texto com uma visão sociológica apontando a crítica de como a produção industrial pode acabar com arte como atividade culturalmente relevante.
O historiador coloca o Art Nouveau como estilo, moda e indica suas cinco características gerais, entre elas a temática naturalista e preferência pelos ritmos baseados na curva. Faz referências às casas: Steiner de Adolf Loos em Viena, e Milá em Barcelona de Antoni Gaudí. Loos assume uma posição contra o Art Nouveau, sua posição ideológica e cultural é totalmente oposta à de Gaudí; que praticava a arte pura e não fazia dela um serviço social, como Loos defendia. Acrescenta que a difusão do Art Nouveau se dá por meio de revistas de arte e de moda e exposições mundiais. Para ele o estilo pretende dissimular a condição do sujeito ao capital e a classe operária não desfruta dele. Separa dois grupos de artistas: o de Loos, Van de Veld e Horta, cuja para eles a arte se antecipa por meio do sentimento de progresso; e outro o de Gaudí, Munch e Ensor, que a arte se dobra sobre o passado.
Nikolaus Pevsner, britânico nascido na Alemanha, em 1902 trabalhou especialmente com arquitetura e design na área da história da arte. Filho de um mercador judeu, nasceu em Leipzig, Saxônia. Ele segue um roteiro pautado no estudo de artistas, arquitetos e artesãos, através de uma ordem cronológica, em que mostra suas obras e suas influencias. Como principais características do Art Nouveau, Pevsner, aponta a recusa de aceitar ligação com o passado e a manipulação de formas assimétricas que tem origem na natureza.
Ele diferencia Henri Van de Velde de René Winer, pois, para o historiador, o primeiro, um pintor belga influenciado por Gauguin insistia que o processo intelectual de transformar a natureza em ornamento para obter formas assimétricas, onduladas e curvas, seria obtido abstratamente; e para o segundo seria obtido naturalmente.
O autor destaca ainda o escultor espanhol Antoni Gaudí colocando-o como o único homem ao colocar o metal em expressão tão violenta quanto à de Gilbert. Quanto á alguns países que aderiram o novo estilo Belga, ele considera a França como o país que levou mais longe o estilo, em que existia dois centros Nancy e Paris. Nancy é a cidade de Gallé e de outros artistas influenciados pela fé que se tinha na natureza como fonte do ornamento. Já a Alemanha aderiu ao Art Nouveau depois de alguns anos de hesitação, os designers principais foram Peter Behrens e Otto Eckmann, que ilustraram livros, capas de livros e encadernações. E na Bélgica, berço do Art Nouveau, ocorre uma exposição considerada chave para o autor; a do clube Les Vingth, onde mostraram Van Gogh e Gauguin. Ele ainda fala sobre o mobiliário comparando-o com o Barroco, em que não se poderia apreciar, sem entender o seu contexto, as peças individualmente. Ele ainda faz uma análise sobre os materiais mais usados no período, que foram principalmente o ferro e o vidro. Por fim, para Pevsner, as inovações desse estilo saltam para o futuro e são a recusa de continuar o historicismo do século XIX e a preocupação com objetos de uso em vez de pinturas e estátuas. E para ele o que põe fim ao Art Nouveau é o individualismo conseqüente do artesanato que acaba sendo comprometido com a industrialização.
Já Giulio Carlo Argan, nascido na Itália em 1909, foi Prefeito de Roma entre 1976 e 1979, tendo sido senador eleito pelo Partido Comunista e catedrático de História da Arte Moderna na Universidade de Roma a partir de 1959; é considerado um dos mais produtivos historiadores da arte de sua geração, que corresponde historicamente aos movimentos modernos da arte, constrói um texto com uma visão sociológica apontando a crítica de como a produção industrial pode acabar com arte como atividade culturalmente relevante.
O historiador coloca o Art Nouveau como estilo, moda e indica suas cinco características gerais, entre elas a temática naturalista e preferência pelos ritmos baseados na curva. Faz referências às casas: Steiner de Adolf Loos em Viena, e Milá em Barcelona de Antoni Gaudí. Loos assume uma posição contra o Art Nouveau, sua posição ideológica e cultural é totalmente oposta à de Gaudí; que praticava a arte pura e não fazia dela um serviço social, como Loos defendia. Acrescenta que a difusão do Art Nouveau se dá por meio de revistas de arte e de moda e exposições mundiais. Para ele o estilo pretende dissimular a condição do sujeito ao capital e a classe operária não desfruta dele. Separa dois grupos de artistas: o de Loos, Van de Veld e Horta, cuja para eles a arte se antecipa por meio do sentimento de progresso; e outro o de Gaudí, Munch e Ensor, que a arte se dobra sobre o passado.
Por fim, Leonardo Benevolo nasceu em Orta, na Itália, em 1923; arquiteto e urbanista, estudou arquitetura em Roma e doutorou-se em 1946. Desde então passou a ensinar História da Arquitetura nas Universidades de Roma, Florença, Veneza e Palermo. Em sua obra “Historia da Arquitetura Moderna”, Benvolo evita as classificações e opta por descrever separadamente os artistas e suas experiências mais significativas. Para ele, devido aos estragos causados das duas guerras mundiais, que tornaram estudos e dados incompletos, e destruíram vários móveis e decorações do período; e também por se tratar de um movimento de vanguarda, é mais adequada essa separação dos principais artistas do Art Nouveau. O autor afirma que o Art Nouveau, era uma complicada árvore genealógica, de tendências, personificadas por um número restrito de artistas originais. Em sua obra ele emprega o termo Art Nouveau com um significado amplo incluindo seus análogos como liberty, modern style e Jugendstil. Ele cria tópicos com nome de arquitetos, onde fala sobre o decorrer do estilo e analisa algumas obras de artistas importantes para o período. E começa com um tópico de Victor Horta, em que periodiza o modern style, falando de seu surgimento e das relações entre os artistas da Bélgica e da Inglaterra. Ainda nesse tópico o historiador comenta que Horta não pretendia imitar a linguagem dos pintores, do grupo Les XX, e sim queria fazer como os pintores e criando para ele uma linguagem igualmente pessoal e livre. Bonevolo assim como Pevsner, dá enfoque à exposição Universal de Paris, onde os artistas fazem um esforço para transformar uma nova decoração adequada aos edifícios de ferro. Ele ainda faz outros tópicos com os nomes dos artistas: Henry Van de Velde, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich, Joseph Hoffmann e Adolf Loos; onde aponta mais características do Art Nouveau e a contibuição de cada um para o novo estilo, através de suas obras em cada país da Europa.